O ano é 1989 e estamos na cidade de Berlim, ainda dividida pela Guerra Fria. Christiane (Katrin Sass) é uma leal colaboradora do regime comunista e presencia uma manifestação nas ruas na qual seu filho Alex (Daniel Bruhl) é agredido por policiais e preso. Em choque, ela desmaia no meio da confusão e acaba entrando em coma. Quando desperta, meses depois, tudo mudou: o muro caiu e a transição para o regime capitalista está praticamente concluída. No entanto, o médico revela à família que o coração de Christiane está extremamente sensível e que qualquer abalo emocional pode ser fatal. A partir daí, Alex não mede esforços para manter sua mãe calma, e seu principal objetivo passa a ser esconder dela, ainda reclusa em casa, todos os acontecimentos relacionados ao fim do socialismo, sustentando a história de que o regime segue firme e forte de maneira sensível e brilhante – inclusive comprando alimentos característicos do lado oriental e gravando vídeos de notícias falsas. Adeus, Lênin! tem o mérito de retratar um relevante momento histórico a partir de uma perspectiva não ocidental e de mostrar de maneira tocante e peculiar o amor de um filho por sua mãe. Faz jus a um dos filmes de maior sucesso na Alemanha neste milênio, ao agregar personagens bem construídos, uma trama envolvente e bagagem rica em referências históricas.