Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis vivendo com seus pais conservadores. Ainda que sejam obrigadas a seguir um estilo de vida tradicional restrito, cada uma possui um sonho: Eurídice quer se tornar uma pianista renomada, Guida sonha em encontrar um verdadeiro amor. Após uma sucessão de fatos e em uma decisão dramática, as irmãs são cruelmente separadas por seu pai e forçadas a trilharem caminhos distintos. A Vida Invisível narra de forma extraordinária as histórias de resistência de duas mulheres de espíritos livres inseridas em uma sociedade machista e patriarcal, constrangidas a viver à sombra dos homens ao seu redor. Destrinchando as angústias, esperanças e anseios de ambas, a obra emociona e toca no âmago desde seus primeiros minutos. Abordando temas como cumplicidade, sororidade e nos mostrando muitas vezes que “família é amor, e não sangue”, a obra foi o primeiro filme brasileiro a vencer a mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes. Seu diretor, Karim Aïnouz, disse que gosta quando “se sai de um filme triste e também com raiva“: Quer apostar que será exatamente assim que você se sentirá quando subirem os créditos?